xok:

agora... adentre: entre: se toque, se pop, se top, me provoque!

3.7.12

quer saber?
quando você chegou, insistiu no que só você percebeu,
você me viu foi assim:
sem fogo, sem viço, sem mim!


quer saber?
as minhas rugas não contava mais!
o meu cabelo não mudava mais.
a minha pele, meu corpo, meus músculos: nenhum capaz!


quer saber?
você chegou em tempo de seca, em terra seca,
com plantas daninhas por todo lado!


quer saber?
você me achou foi numa frieza!
eu fui frieza, fui gelo duro, eu sei, fui congelado!


e você ria!
com seus olhos ardentes, contentes, você ria!


e eu...
eu não entendia!
por que minha terra seca molhava?
por que meu gelo duro derretia?
eu não entendia nada! e você ria!


não entendia por quê você lembrava alegria...
você me lembrava todo dia...


você ria e me fazia abrir
na minha pele seca congelada
abrir riso frouxo em madrugada
eu acordava, lembrava e ria!
não entendia...


depois olhei perdido num espelho...
eu era lindo!
meu Deus, como era lindo o eu que eu via...
era maior que muito mar inteiro, eu era lindo!
e você rindo.


eu rindo e desistindo de ir resistindo...
eu rindo.
você rindo!
e você, assim, sempre insistindo,
agente rindo!


e os fantasmas nunca entendem nada!


e os fantasmas nunca entendem nada!


e os fantasmas nunca entendem nada!


e os fantasmas nunca entendem nada!


e os fantasmas nunca entendem nada!


e os fantasmas nunca entendem nada!


e os fantasmas nunca entendem nada!


e os fantasmas nunca entendem nada!


e os fantasmas nunca entendem nada!

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