xok:

agora... adentre: entre: se toque, se pop, se top, me provoque!

22.4.12

de quando vi a pequena esperança.

tudo em volta, tudo negro, tudo preto, tudo escurecido e ao mesmo tempo tão pouco sujeito, tampouco desfeito, tão rouco de um jeito esse monte de mancha em mim que ao contrário de sujo me pareço refeito: defeito: sempre acho um jeito: sempre troco de peles: mesmo agora, quando um ponto vermelho me parece o estouro de qualquer bomba, qualquer músculo que se enrijece e se desfaz: eu fui o primeiro rapaz? eu fui o primeiro homem? eu fui o primeiro menino? eu fui o primeiro, menino? quanto é confuso ser um músculo obtuso quando o desejo é penetrar: que quer dizer entrar: mas como se penetra e permanece se o movimento é de entra e sai? quanto é confuso ser de um músculo vermelho escuro tanto quanto o que vejo espaço para entrar: que quer dizer ser penetrado: mas como se deixa ser permanecido se o que penetra ali tem caminho certo de volta? em volta, tudo negro e espedaçando-se em manchas, tudo preto no branco, tudo escurecido (de dor? de medo?) e ao mesmo tempo me sujeito a ser a pequena coisa vermelha desenhada naquele espaço: esperança: outra: início: recomeço: e me refaço: novas todas as coisas: porque hoje é domingo e não vou arrumar o quarto: limpas as veias: artérias: movimento de pintor ao contrário: tudo é de dentro para fora: tudo de antes, de muito tempo: tudo é simples: tudo é agora!

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