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agora... adentre: entre: se toque, se pop, se top, me provoque!

28.11.10

04-03-2006



Porque o desespero foi o instante em que resolvi anteceder o medo, sentí-lo e encará-lo de frente.
Assumi que te amo, como sempre te amei. Nunca deixei de te amar, mesmo em silêncio, mesmo em ausências e substituições de espaços quando precisava dormir.
É quando tiro o salto e vou pra casa. O mundo inteiro se completa, e eu agora piso o chão. Aberto praquelas possibilidades? Acho que não. Tu chegastes. A primeira noite nem foi minha. Teve nada não. Eu agora durmo e sonho com uma noite mais bela.
Te perdoei, sim, pelas indelicadezas. Foram todas nossas. Também acho que pode ser sem sofrimento e culpa. Mas acho agora. Também sinto tua falta, porque somos portos seguros de nossos barcos.
Me espere, sairemos juntos. De todos os locais, de todos os amores. De tudo...
Quando disseste que pensou: "somos apenas amigos, companheiros de trabalho..." sorri pois foi isso o que pensei até ontem. Até, apenas.
E o desespero é mesmo a antecipação da dor. Foi o que fiz. Doeu, sim. Talvez doa sempre. Como disse Dorara Doralina, " a vida inteira é um doer". Mas agora doer é diferente. É verbo conjugado com calma e dividido contigo.
Saber que ainda me ama é assim. É espera. É retorno a algo nosso que nunca deixamos.
Te amo. te amo sempre. Te amarei ainda e sei que não passa. Nem me interessa mais que isso aconteça.Me interessa que o tempo passe.
Não quero desistir de mim, de minha vida, de meus todos que amo. Quero vivê-los mais ainda e amá-los com mais alguma força.
Porque o desespero tem sabor novo e de viagem. De viagem contigo, quando as coisas se acalmam e se transformam, quando durmo nos teus braços e o mundo inteiro se acaba da maneira mais fácil.
Dormir nos teus braços é pra mim o melhor dos suicídios e o desespero aqui é o escorregar das emoções acumuladas, escoamento para um sorriso frouxo que tu me provocas com coisas simples de ti.
E eu te amo por isso. Porque és meu instante mais preciso. Eu te amo, porque tu és minha dança, me faz dançar, e dança comigo, entre silêncios calmos e vôos solitários bem distantes.
Te amo embaixo do coqueiro, nas dunas, na beira da praia, no quarto, nas ruas, na agitação de nossos dias, nas lágrimas e conquistas. Te amo em tudo que construimos.
E te amar é assim: olhar nosso império, nosso grão de tempo diante da eternidade que nos aguarda.

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