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28.11.10

05-11-2006



entre a cruz e a espada.
entre a razão e o que tem por dentro. superfície de coisas sobrepostas...
é num tempo de coisas não ditas que se acumulam afetos gastos.
estou sóbrio de dores e ressentimentos seus. sou ato cumprido de mim mesmo?
como se sabe o tempo de bastar as coisas?
o escuro é um buraco profundo, pro fundo, pra dentro.
respiro.
suspirações de mim.
espero você no amargo sabor da língua cortante. não precisa voltar ao início.
não precisa dizer frases lindas. seu sorriso feito, de vez enquando, já funcionava.
espero você na próxima estação. quando virá? antes ou depois dela, já que nunca chega na hora, assim como as suas dores e angústias.
o cheiro é forte.
meu coração aperta.
a respiração é falha.
suspiração de tempos em tempos.
respiro.
você está aqui?
Paulo, vai, tá na hora de entrar.
paulo, vai, todos estão esperando.
paulo, vai, acorda.
paulo, anoiteceu.
e o fim? espero o depois dele.
onde estaremos nós no meio de tudo e dos outros.
me invada.
afaste os invernos e as nuvens escuras.
acabe com isso de vez.
é foda o que você quer? venha e tenho sexo e cheiros fortes. tenho vinho e bebidas amargas.
acabaram-se os remédios para dormir, mas a alma está cansada mesmo.
é fim. da espera, da destemperança, do sem tempo. dos sentidos. de você e de mim.
é o fim de nós.
volto logo.
venho já.
o caos já é permitido e toda a minha ordem vem é dele mesmo.
sempre disse para mim: no mês de abril, tudo recomeça e é diferente.
neste ano, neste 2006 sem fim, foi diferente.
os dias continuam de começar o ano ainda em novembro.
e o mundo nem se acabou ainda no ano 2000. 

P>S: Moura, de quem é essa foto?

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