amar...
sempre soube que difere amar de ter.
mesmo assim soube, a vida inteira, possuir.
enquanto tenho a sensação de posse, tenho segurança.
quando o barco balançou, sacodiu com ele meu coração.
ter...
sempre soube que nunca poderia ter e nem ser de.
no entanto sempre paguei um preço: o da entrega.
nunca soube pagar a iniciativa, sou romântico demais para ir além dos sinais.
se me abrirem as portas entro. somente...
abrir...
as portas não têm trancas e por isso mesmo, vezenquando, finco as unhas, grito, choro,
pedindo que fiquem que nunca partam.
não adianta.
as portas nunca vão ter trancas.
os laços do amor são de nós folgados, bem frouxos.
e só assim se ama.
amar: libertar. deixar livre. deixar sair, se esvair, se extrair, se expatriar!
voa, andorinha, voa!
9 comentários:
sua palavras me lembram essas:
Abrir os braços, ao invés de estendê-los, largar, deixar o Outro ser, não agarrá-lo, não fazer dele o meu arrimo, a minha tábua de salvação, o meu apoio. Expor-se à vertigem de deixar o outro ser, perde...r o chão para poder ganhá-lo noutro nível mais alto, aceitar o sobressalto da presença do Outro na sua livre existência.
Vertigem do Outro
Hélio Peregrino in A lucidez embriagada
sua palavras me lembram essas:
Abrir os braços, ao invés de estendê-los, largar, deixar o Outro ser, não agarrá-lo, não fazer dele o meu arrimo, a minha tábua de salvação, o meu apoio. Expor-se à vertigem de deixar o outro ser, perde...r o chão para poder ganhá-lo noutro nível mais alto, aceitar o sobressalto da presença do Outro na sua livre existência.
Vertigem do Outro
Hélio Peregrino in A lucidez embriagada
obrigado, Ângela.
foi feito abraço bom!
Oi grande!
oi, furreco meu!
Quero aprender a amar assim... e não me agarrar no expatriar pra mentirosamente ser livre eu também.
verdade.
nada há além da aprendizagem!
Lindo!
tava com saudade de você Ioli!
que bom!
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