quando eu era pequeno, nove anos, tive problemas. dores terríveis de cabeça, perdendo a visão, o fôlego, o fim. me levaram pra Recife, a minha outra capital. era tudo tão grande, tão lindo! e eu bonzim... mainha disse:
Dr. ele tinha tanta coisa. agora tô é com vergonha. o dr. disse: ele precisa é sair de lá. e ele fica bom.
cresci e continuo assim.
falando com a Moura ela disse:
tu tem que fazer só o que tu gosta. tá lascado, é que nem eu. se engulo prego, perco a noção de trabalhar porque acredito. adoeço: batata , bem direitim. é só parar de fazer o que tá me incomodando e fico boazinha. o nome disso é verdade batendo na porta da alma da gente. o pior é explicar como fiquei boazinha tão rápido! já passei por isso grande. mal pra caralho... dias ! daí acontece uma coisinha de nada e fico ótima - só que os trabalhos já papocaram tudim... ninguém entende, quer saber é se tu fez o combinado. defeito de fábrica. vou ali e volto já...
(esta conversa foi no msn. é assim. e eu e ela, bem acordadinhos, felizes em plena manhã de terça-feira. normais, trabalhando, lindos e potentes. problemas resolvidos, outros resolvendo-se. tão bom assim. daqui a pouco, sei: infelizmente, a porta vira escudo, pela casa os passos em silêncio pra não denunciar lá fora que aqui dentro tem gente. e, se alguém bate, tranca-se tudo! tudo mesmo. quase não se respira. depois de tudo: outro silêncio. um alívio: me deixaram, foram embora, estou só de novo).
: que agente fique mais tempo assim: tenho fome disso: felizes em plena manhã de terça-feira. normais, trabalhando, lindos e potentes. problemas resolvidos, outros resolvendo-se. tão bom assim. sem o depois que continuou a oração anteriormente...
na foto acima: ela come maçã e dá na minha boca: mastigadinho: feito filhote de passarinho como. só eu sei como é ter uma ave a me cuidar!
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